Nostalgia é uma coisa, né? Fui assistir ao novo filme do Homem-Aranha -sem spoilers nesse texto- nos cinemas recentemente. E, ver o Tobey Maguire interpretando meu herói preferido me trouxe lembranças muito divertidas. Lembranças de quando eu assistia aos filmes com minha fantasia e me rastejava pelo chão fingindo subir em um prédio.
E os vilões? Virei criança quando Willem Dafoe e Alfred Molina aparecem como Duende Verde e Dr. Octopus, respectivamente. Mesmo o filme seguindo outra estética (mais a ver com os filmes do homem aranha de Tom Holland), foi muito divertido de assistir.
No entanto, teve algo que me chamou a atenção. E me chamou atenção de uma forma emocionante. Pois ecoa nos meus ouvidos até agora. Dentre as sacadas geniais do filme, tem uma que quase ninguém apostaria.
Os produtores tiveram a ideia de colocar na trilha sonora original do filme, arranjos inspirados nos filmes dos outros dois "miranhas". Me levando ao delírio quando ouvi os sopros do tema feito por Danny Elfman para o Homem-Aranha do Tobey.
Acredito que muitos da minha faixa etária, que foi criança enquanto o primeiro filme tomava as telas, e muitos até mais velhos, saíram de lá com uma sensação indescritível de ter ouvindo um tema que para muitos foi uma das trilhas sonoras mais marcantes do cinema.
E aí nós percebemos a importância da trilha sonora para uma produção cinematográfica. Pois, até hoje, podemos reconhecer filmes como Indiana Jones, Star-Wars ou O Poderoso Chefão apenas ao ouvir a trilha sonora do filme.
Se você é um pouco mais velho que eu, acredito que sua referência seria John Williams. Não conhece? Se você já assistiu Jurassic Park, E.T: O Extra-Terrestre, ou Tubarão você conhece sim, o Sr. Williams. E eu duvido que você não tenha cantarolado as músicas de Tubarão na sua cabeça enquanto fingia ser um tubarão ia sorrateiramente atrás de alguém para lhe dar um susto.
Hoje, com o Spotify, tornou-se até mais comum ouvirmos as trilhas sonoras não apenas pelo filme, mas pelo compositor. A exemplo do perfil de Hans Zimmer, com quase 8 milhões de reproduções mensais. Eu, particularmente, sou viciado na trilha composta por ele para o filme Interestelar. A forma com Zimmer explora os instrumentos e suas sonoridades para reforçar as emoções das cenas são uma marca registrada.
Acho que não tem ninguém que não tenha se apaixonado pela trilha sonora desse filme. Pois Zimmer faz com que a gente "assista" ao filme só colocando as músicas para tocar, de tão perfeitamente encaixadas com a temática.
Seja a geração mais nova ou a veterana, os compositores de trilha sonora acabam, mesmo sem querer, marcando épocas de nossas vidas. Seja na nossa infância ou na vida adulta, as músicas originais de filmes e séries acabam por, mesmo que inconscientemente, moldando um pouco de quem somos. Dos nossos gostos musicais.
Não é a toa que orquestras hoje apostam em tocar trilhas de filmes marcantes, deixando de atrair só quem se interessa por música clássica abarcando um público mais diversificado. Que se emociona com cada nota tocada. Que volta para sua infância com cada arranjo. Que volta a lembra de algumas das melhores noites de suas vidas. E, para os mais novos, que descobrem uma paixão não só nas telas, mas também nos alto-falantes.
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Gostei, não tinha parado para pensar dessa forma, mas é exatamente isso mesmo. Isso é mais fácil de ser notado com as novelas, principalmente as antigas, em que as músicas tocavam quase que completas, tinha a música do casal, da vilã, etc.. eu adorava quando tinha os CDs das trilhas sonoras das novelas nas prateleiras, conheci muito artista interessante assim. Mas que bom que as playlists permaneceram, pelo menos no ambiente virtual.