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Foto do escritorCarlos Henrique Cardoso

ATENTADO CONTRA TRUMP: TENTADO A NÃO ACREDITAR NISSO!




Todos já sabem do suposto atentado a Donald Trump, candidato a retornar à Casa Branca novamente como presidente. No sábado 13 de julho, ele teria tomado um possível tiro que teria passado de raspão em sua orelha direita, durante um discurso para apoiadores. Presume-se que, caso o tiro fosse certeiro, poderíamos ver uma cena lamentável para os presentes: miolos voando, mais ou menos como Kennedy, que foi assassinado há mais de 60 anos, enquanto desfilava no automóvel presidencial.

 

O provável atirador seria um rapaz de 20 anos que teria sido identificado pelo FBI. Ele, ao que parece, foi abatido e morto por agentes de segurança. Aparentemente, estava com um fuzil AR-15. Supõe-se que os tiros disparados mataram um homem que estava acompanhando o comício da plateia.

 

Os dois parágrafos acima são recheados de desconfianças, particípios, e futuros do pretérito. Porém, a verdade é que esses fatos ocorreram, não há nenhuma tentativa de duvidar do que houve. Trump foi mais uma vítima de atentado, entre outros tantos que ocorreram nos Estados Unidos contra lideranças políticas, ativistas, candidatos a presidente, e afins (que o digam Abraham Lincoln, John e Bobby Kennedy, Martin Luther King, Malcom X...). O que não falta lá é arma, justiceiro, e vontade de atirar. Ainda assim, 30% do eleitorado do adversário Joe Biden acredita que foi tudo combinado. Biden lamentou o episódio do atentado, significando que não houve armação alguma.

 

Não há nada que possa se duvidar em um país apaixonado por armas, onde chacinas contra estudantes e minorias costumam acontecer; cujo governo da ocasião se comporta como “a polícia do mundo”, se metendo no sistema politico dos outros, derrubando governos, e instaurando o caos; onde a segurança nacional precisa ficar alerta 24 horas aguardando um ato terrorista; onde vez em quando um negro é morto por forças policiais, seja asfixiado, seja na bala; onde um sujeito como Donald Trump – boçal e bom vivant – esbraveja contra adversários e imprensa, aglutina seguidores e admiradores que professam discursos de ódio, que profere falas eugenistas (“os imigrantes envenenam o sangue dos americanos”), e duvida do sistema eleitoral, tanto que não aceitou perder a eleição e instigou seus eleitores a invadirem o Congresso Nacional americano pra melar a diplomação de Biden como presidente, incidente que causou a morte de cinco pessoas.

 

Muitos aqui no Brasil acham que o tiro foi fake e aquilo tudo foi puro teatro. Não sigo esse caminho, até porque combato teorias conspiratórias, então logicamente me afasto delas. Até que as investigações apontem o contrário, não sou do time que considera que um circo foi armado para elegê-lo. Sim, pode haver suspeitas, o que não descarta as ações do tiroteio. Deplorável, no entanto, é outro tipo de conspiração: de que o atirador era um “esquerdista”. Esse tipo de crença impera por aqui, quando afirma que Adélio Bispo recebeu dinheiro de algum “comunista” para matar Bolsonaro ou que Marielle Franco foi vitimada por uma facção criminosa.

 

Não há nada de concreto ainda, mas dá pra intuir que lideranças que pregam divisões, cismas, e inimizades geram desejos malucos de eliminação desses engenheiros do caos, assim como pacifistas também despertam a ira daqueles que creem pertencer a uma raça superior que deve dominar e prevalecer. Alguns lamentaram a mira do atirador, que não estourou de vez a cabeça de Trump. O que um assassinato desse porte iria alavancar é candidatos a líderes ainda mais cruéis, mais ousados, mais ambiciosos, e mais radicais no discurso de divisão, ódio e aniquilação de vulneráveis. A mosca posterior sempre tem mais voracidade pra beber a sopa que restou.

 

Como viram, em nenhum momento fiquei tentado a duvidar que Trump foi vítima de uma tentativa de homicídio, portanto, o título desse artigo é um clickbait.


FONTE:


 

 

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